terça-feira, 16 de agosto de 2011

tato

Na extremidade distante. A sutileza do tato sem contato. A pele é órgão sem sentido quando suas digitais se ausentam dos meus poros... e eu decoro a falta do seu toque sobre mim com a lembrança recente do seu calor – chama que me chama quando você queima no interior de mim. Um abraço que permanece latente aproxima sua ausência e eu não sinto mais nada.

sábado, 6 de agosto de 2011

Amalgamando

Feito a poesia, ele entrou no meu discurso. Seu poema enxuto e cortante. O silêncio triste do homem se expondo, exatamente porque ele se esconde em cada verso e só nas entrelinhas se percebe sua delicadeza. Sua metáfora rude. Sua falta de estilo ao dizer coisas tão doídas me confundindo. Minha forma mínima cabe tão bem e também cai em seus haicais. A poesia se misturando em nós. Paixão. Suas letras foram se imprimindo na minha escrita... As mãos exprimindo gestos tão intensos que me escapavam à inspiração. Fomos ficando verso e poesia. Rima e poema.