terça-feira, 8 de março de 2016

suave enternecer

Assim como quem incendeia ventos e pacifica estrelas, você brilha e queima na minha cama.
Seus gestos, essa perene expressão de plenitude depois de cada beijo terno, seus gestos. Tento me livrar dessas lembranças delicadas que seus olhares molharam em mim... deságuo na memória.. rio... transbordam-me olhares e mudez.
Nua, me deixo à mercê dos seus fetiches. Dentro desse corpo, carrego saudades nas veias; corredeira de outras travessias. Era um tempo de boas intenções contidas. Contenção com tesão. As palavras escorrem entre os dedos e abafo os gemidos solitários por não ter você a ouvi-los. Os dedos deslizam úmidos pelo mamilos tesos e entumescidos. Tato. Salivo seu nome. Soletro desejo e languidez na ponta da língua morna. Sua falta contorna-me as entranhas... Fecho os olhos. Abro as pernas e gozo.