terça-feira, 31 de dezembro de 2013

último post do ano

Sim, não é por acaso que deixei para postar isto hoje. Dia 31 de dezembro é uma data significativa. Poderia ser qualquer dia do ano, mas algumas situações se tornaram inesquecíveis e eu sempre gosto de relatar! Por exemplo: quem se esqueceria de ter sido "abandonada" pelo namorado neste dia? Eu não consigo me esquecer disso até hoje, tantos anos passados... tantas aventuras recicladas... tanto sentimento desperdiçado. Também não esqueço que foi neste mesmo 31 de dezembro que alguém caiu de paraquedas na minha vida e me fez um mundo de promessas irrealizáveis. Claro que hoje, observando tudo à distância, compreendo que o lado bom dessa história existiu... pois foi daí que nasceu meu segundo filhote (mas com "outro pai"!!!). Penso que cada um tem mesmo uma "missão", um propósito ao passar pela vida da gente. E, apesar de essas duas pessoas de que falei terem sido realmente importantes (não que eu as tenha amado mais, estou querendo dizer em termos de importância mesmo, você entende?), é em você que eu penso em todo 31 de dezembro desde o primeiro ano em que o "conheci" (que "por coincidência" é o 31 de dezembro do mesmo ano!!). E é de você que eu quero falar hoje, neste 31 de dezembro que o mantém tão longe!
Hoje, diferentemente daquele 31 de dezembro, eu não mandarei SMS pro seu celular. Não que não queira... mas a quase certeza da falta de resposta é insuportável. Também não deixarei mensagem inbox no seu facebook, nem mandarei um whatsapp. Hoje, não haverá email registrando os votos que a convenção "pede", nem email confessando que, de todos os papéis que me cabem, o de amante é o que me agrada mais, porque não é preciso representar; é só ser. Hoje você não vai esperar uma ligação, um cartão, um bilhete, pois todas as nossas palavras estão em recesso, e o seu novo status me constrange. Mas, ainda assim, é em você que eu penso hoje, com a mesma intenção, com os mesmos desejos, com o mesmo amor...

sábado, 14 de dezembro de 2013

sobre cumplicidade e outros nomes para os sentimentos

Os sentimentos têm nomes diferentes para cada um. E eu fiquei assustada quando você me disse que gosta(va) da nossa CUMPLICIDADE. Minha falta de entendimento do seu vocabulário me levou a interpretações superficiais sobre sua declaração. E, embora eu aprecie incluir essa palavra no nosso discurso, senti certo descaso (da sua parte) com nosso caso! Pareceu-me que não deveríamos resumir a "isso" uma relação de afinidades tão densas! E, depois do beijo terno que trocamos... sua mão acariciando minha fragilidade exposta... eu fui me acalmando. Ao seu lado, com todas as emoções enroscadas entre as pernas, com todos os desejos emaranhados... em nós... eu comecei a pensar que denominamos distintamente as mesmas sensações. O que eu chamo amor, na sua narrativa, se lê cumplicidade. Mas eu só cheguei a essa conclusão hoje, depois de ler este texto:

"A cumplicidade numa relação sentimental é anseio de muita gente. Na prática, é evento raro e não é um subproduto automático do elo amoroso.

O primeiro ingrediente da cumplicidade entre duas pessoas [...] é a confiança recíproca: terem certeza da lealdade do parceiro.

A confiança recíproca deriva da honestidade intelectual de ambos e da disposição de deixarem seus parceiros cientes do que se passa com eles.

Para que os cúmplices se disponham a falar tudo o que vai em seu íntimo é imprescindível que seus parceiros não assumam posturas críticas.

Ao ouvir uma confidência, o que é cúmplice de verdade retribui com alguma outra intimidade: diz algo parecido que também tenha lhe ocorrido.

A cumplicidade depende, pois, do encontro de parceiros intelectualmente honestos, que sejam confiáveis e que não sejam críticos: não é fácil!"
Flávio Gikovate