quinta-feira, 16 de outubro de 2014

chega de saudade

Chega um tempo em que não dói mais. Doer dói, mas parece que a gente está anestesiada, entorpecida... e a saudade está tão impregnada na vida que a gente nem sente. Talvez esse dia tenha chegado hoje - com o vento que arrepiou os sonhos adolescentes quando eu quis abrir a janela e tive medo. Talvez o mau tempo nunca tenha pensado em ser dia ensolarado... Talvez a mágoa esteja entranhada no brilho dos olhos ao "te" ver (mesmo em pensamento) e não haja mais desespero nem coragem para mudar a direção dos teus raios de luz. Chega um tempo que não basta. Um tempo que não chega. Sempre vai haver um dia mais azul para nublar essa saudade cortante, essa saudade ardente, essa saudade insistente e franca... que não me esquece.