sábado, 13 de fevereiro de 2016

sonhos, devaneios, despedidas

"Se o sonho acabou
Não sei meu amor
Nem quero saber
Só sei que ontem à noite
Sorrindo acordada
Sonhei com você"
Não sei se o que você me disse no sonho é o que está acontecendo na sua vida cotidianamente entediante. Não sei se era sonho, pesadelo, devaneio, pensamento encostado na vontade de definir em definitivo o amor sem definição que nos mantém ligados. Essa sensação de estar o tempo todo conectada ao seu mundo ainda gera desconforto, apesar da distância. Apesar do tempo. Apesar do silêncio. É difícil interpretar o seu silêncio, essa é a verdade.
Mas eu ainda não sei se entendi a mensagem que você tentou me transmitir durante as poucas horas que consegui dormir na última noite. A noite passada. Que demorou tanto a passar enquanto eu me esforçava para fechar os olhos e não pensar mais em você.
Pensei que o sonho teria vindo por isso; de tanto pensar em você. Não sei se o sonho foi apenas um pensamento em extensão. Não sei se o sonho foi. Não sei.
Apesar do sonho e de tudo que você me disse, eu não sei se foi só um sonho ruim (estou vivendo dias, ou melhor, noites intranquilas). Os pesadelos não me assombram, apenas me entristecem. Principalmente quando você faz parte deles. Mas eu não posso dizer, não, eu não diria que tive um pesadelo com você. Passar a noite ao seu lado é desde sempre meu sonho. Pena que dessa vez, em vez de matar a saudade, em vez de matar nossa fome mútua, em vez de um desejo ardente entre nossos corpos, eu via você dando adeus. Será que eu entendi direito? Não sei. 
Acordei com você mais presente. Isso eu sei.

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