sábado, 28 de maio de 2011

porta entreaberta

Quando ele saiu da minha vida, eu não imaginava: Quanta dor. Saudade. Falta. O beijo que não vinha e a boca seca lembrando a perfeição do desejo e o acaso das impossibilidades.
Quando ele saiu, sem reverência, da minha casa, pedindo compreensão e distanciamento... causando feridas nas paredes do meu pensamento ingênuo (que acreditava não ser pra sempre o adeus)... rasgando os tecidos da minha sanidade e lucidez...
Quando ele se foi, por fim, pondo fim ao que estava acabado há tempo, por falta de tempo pra nós... ele esqueceu de fechar o ciclo, deixando uma fresta teimosa entre nossas necessidades... um hiato... uma palavra acenando diversas interpretações e a porta entreaberta pra você entrar.

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