quarta-feira, 18 de maio de 2011

sobre a urgência de 3 minutos

Somos humanos e temos todo o tempo do mundo. Temos tempo para dizer as frases mais desconexas que nos vêm à mente. Enquanto o relógio marca o tique-taque das horas, pacientemente a urgência de ter você por perto lateja todos os minutos da minha imprecisão.
Minha noção de saudade tem a força das catástrofes e me remove da cotidiana falta que você me faz...
Lendo seus versos, eu me recomponho, me refaço,
marco outro ponto pro nosso próximo encontro
e desencontro...
Seu poema (três)loucado em minutos de espanto remete tudo a três, quase por um triz... a “dízima periódica” que compus aos quinze anos me traz ao três outra vez: e o que é que você me diz?
Passei horas escrevendo sobre os minutos que não temos - ironia atemporal da vida que me castiga. Mantenho-me incondicionalmente paralisada, inerte, imóvel, estática e morna à espera do seu breve prazo de validade vencer. Registro minhas incoerências verbais abomináveis sem me deixar levar pela censura da poeta que hiberna na ausência do ritmo e da rima...
Quanto tempo você levará para me ler?!

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