quarta-feira, 1 de agosto de 2012

fim de férias

E os dias agora seguem vazios do seu olhar. Acordo. No meu quarto de não dormir, as nossas ações ainda desobedecem ao silêncio imposto pela distância de todos esses sussurros, que gritam nos meus ouvidos na hora em que me deito sobre a sua ausência. Sob o edredom macio seu cheiro incendeia meus gestos... (foi com as piores intenções que decidi envolver sua pele em meus lençóis e carências naquela tarde vadia).
Hoje há um sol brilhando insuportavelmente lindo no quintal... e longe de mim, muito próximo a você, eu sei das cercas vivas que adornam a paisagem nostálgica da nossa incompletude. Insustentável. Lembro, penso, deliro. Uma necessidade perene de sonhar e ser feliz me sacode. Um tanto desequilibrada e ingênua, me aproprio das fantasias que plantamos mutuamente. O solo parecia fértil. Regamos nossos sonhos e eles não brotaram onde os semeamos. No entanto, sua íris floresce no meu jardim todas as manhãs, quando abro a janela e não encontro seu corpo ao meu lado.
A vida implora vida. Eu chovo torrencialmente para que essas dias renasçam.
 
No seu diário, apenas nomes enumerados à revelia se amontoam... Minha alcunha não frequenta sua lista de presenças indispensáveis.

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