segunda-feira, 15 de novembro de 2010

armadilha

Nenhuma notícia. Três dias em absoluto silêncio. Depois daquela noite, algo a se dizer. Adeus. Boa noite. Boa viagem. Seja feliz. Ele só disse para eu ter cuidado. (Com quê?) E que gosta de café sem açúcar. Sempre. Há três infinitos dias eu espero um sinal. A voz. Letra. Fumaça. Garrafa ao mar (se fôssemos do mar...). O relógio parece funcionar em câmera lenta. Segundo a segundo idealizo seu sorriso. Ouço seus desejos. Suas mãos. Os olhos sobre mim. Sobre mim. Ele não sabe nada sobre mim. Tampouco eu sei qualquer detalhe sobre. Nem sobre ele. Nem de mim. Nada sei.

Ele podia ter telefonado. Ele devia ter feito "alguma coisa". Esperança. Ele. Eu já devia saber do risco. E sabia. Perigo solto. A única certeza do encontro. Desencontro. Sem palavras. Agora já é tarde.

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