domingo, 14 de novembro de 2010

despedida

Ontem, voltando para algum lugar, depois de exaustiva falta de um para-onde-ir, pensei em você. São momentos assim completamente sem contexto que me fascinam. É intrigante o modo como eu me perco... numa dispersiva ideia de equilíbrio... é de notar como me desenquadro nos círculos por onde passeio. Algumas vezes chego a imaginar que o labirinto de projetos irrealizáveis que idealizo está prestes a voar pelos bares... parece que ele quer desembaralhar meus eternos argumentos fora-de-lugar, meus incansáveis e repetitivos não-foi-por-mal já gastos.

Depois daquele nosso estúpido bate-beijo vazio de paixão, cheio de boca mordendo frustrações, decidi que pra-sempre existe na hora exata, basta querer!

Já faz dias que você não me procura... não liga... não fala... não lembra que eu existo! Depois dos anos, perdidos entre abraços convencionais e ausências cheias de intenções vulgares, chego a pensar se tinha mesmo nome esse nosso caso sem precedentes no mundo virtual. Será que em algum momento pelo menos um de nós foi real? Mágoa faz a gente pensar tanta coisa impensável sobre dois seres humanos... Eu, agora, só consigo imaginar que as relações são tão perecíveis quanto um pote de requeijão... Se deterioram como iogurte fora da geladeira... Talvez devêssemos nos conservar em lugar mais apropriado... Talvez fosse mais condizente com nossa postura degradante e desagradável (quando queremos destruir o outro, não medimos o tamanho do estrago).

2 comentários:

Alfredo Rangel disse...

Esquece ele, Sandra. Pode tr certeza que tem quem te queira mais que ele. Basta olhar à tua volta... Ou aos comentários que recebes.

beijo

Sandra Regina disse...

Obrigada pela visita, Rangel! Vou reparar mais à minha volta, pode deixar..r.s.. beijo